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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Com Trump, o que pode mudar na relação com Rússia, China, Irã, Síria e Coreia do Norte?

Donald TrumpImage copyrightGETTY
Image captionDonald Trump venceu a disputa com Hillary Clinton
Com a surpreendente vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana, muitos se perguntam como será a política externa do país mais poderoso do mundo.
Muitos analistas dizem que boa parte das promessas de campanha talvez não se cumpram. Mas pelo que indicou durante o processo eleitoral, o republicano buscará novos acordos comerciais mais vantajosos e reestudará acordos existentes que não interessem ao país.
Essa mesma postura deve orientar a posição do seu governo em relação a algumas questões internacionais fundamentais.

Otan

Em nenhuma outra área, Donald Trump teve uma posição tão radicalmente diferente da política atual dos Estados Unidos nas últimas décadas como no seu posicionamento sobre alianças internacionais estratégicas.
Ele tem criticado duramente a Otan, aliança militar do Ocidente criada no bojo da Guerra Fria, dizendo que a organização é ultrapassada e obsoleta. Ele também qualificou alguns países membros como aliados "ingratos" que tiram proveito da "grandeza" americana.
O presidente eleito diz que os Estados Unidos não podem mais bancar a proteção de países da Europa - e da Ásia - sem uma compensação adequada, sugerindo que retiraria as forças americanas da organização a menos que as outras nações aumentassem sua contribuição.
Ele também disse que membros da Otan como os países bálticos não poderiam contar com os Estados Unidos e sua ajuda militar caso fossem atacados pela Rússia.
KosovoImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionJovens em Kosovo mostram bandeiras dos EUA e da OTAN durante competição do Exército americano e da força de segurança de Kosovo em Pristina. Aproximadamente 4.600 soldados liderados pela Otan ainda estão presentes no Kosovo
Obama já vinha se dizendo frustrado com o fato de a maior parte dos Estados da aliança não ter batido a meta de investir ao menos 2% de seu PIB em Defesa.
Mas Obama seguiu apoiando firmemente a Otan, assim como Hillary, que defendia que a aliança era um dos melhores investimentos que os EUA poderiam fazer.
Para o ex-chefe da Otan Anders Fogh Rasmussem, uma presidência de Trump deixaria "o mundo menos seguro".

Rússia

Donald Trump sempre adotou um tom conciliatório com relação à Rússia - tanto que teve apoio massivo da mídia russa para sua eleição.
Foi uma inversão à posição tradicional antirussa do Partido Republicano. Em meio a acusações de que a Rússia teria tentado "interferir" nas eleições americanas hackeando e-mails do Partido Democrata, Trump foi mais longe em seus elogios ao governo russo do que qualquer outro candidato presidencial.
Isso provocou alegações de que sua campanha teria ligações com o Kremlin. O magnata do setor imobiliário tem uma história de negócios com a Rússia e um número de assessores com conexões russas. O FBI, no entanto, não encontrou nenhuma razão para suspeitar de alguma ligação direta.
Vladimir PutinImage copyrightAP
Image captionA mídia russa apoiou Trump durante a campanha
Trump disse, durante a campanha, que poderia aliviar as tensões entre os Estados Unidos e o presidente russo, Vladimir Putin, com quem "adoraria ter uma boa relação".
Até aqui, o presidente eleito ainda não mencionou como seria essa relação. Uma das possibilidades seria juntar forças com a Rússia no combate ao Estado Islâmico. Mas ele quer tentar descobrir se os russos podem ser mais "razoáveis" - e está certo de que será muito melhor do que Hillary ou Obama para conquistar o respeito deles.

Estado Islâmico

Tanto Obama quanto Hillary adotavam uma postura dura com relação ao Estado Islâmico. Mas o presidente eleito se mostrou mais agressivo e já chegou a dizer que "bombearia o que visse pela frente" do Estado Islâmico (EI) e que tiraria todo o petróleo do grupo.
Trump costumava criticar o governo de Obama por "não usar o elemento surpresa" em ataques, especialmente na ofensiva contra os extremistas na cidade de Mossul, sob controle do EI.
Assim como Hillary, Trump também tem como plano manter a estratégia de combate ao EI com uma coalizão do Ocidente com alguns países árabe - da mesma maneira como os Estados Unidos sempre fizeram - só que intensificando suas ações. Mas ele parece ter abandonado a ideia de enviar tropas ao Iraque e à Síria para combater os extremistas.
Estado IslâmicoImage copyrightAP
Image captionTrump prometeu linha dura contra o Estado Islâmico

Síria

A questão da Síria tem sido debatida no mundo inteiro por causa do alto número de refugiados obrigados a deixar suas casas. Donald Trump até é favorável a uma zona "segura" para acabar com o alto fluxo de refugiados, mas diz que os países árabes ricos deveriam tomar conta disso.
Seguindo a linha da política externa já adotada pelos Estados Unidos, Trump priorizará o combate ao Estado Islâmico em detrimento da pressão para tirar o presidente sírio Bashar al-Assad do poder.
O republicano diz que não irá apoiar os rebeldes - como Obama chegou a fazer providenciando armas para eles - e sugere, inclusive, que derrubar Assad poderia gerar um problema ainda maior no país.
AleppoImage copyrightREUTERS
Image captionCrise na Síria é uma das questões com que Trump terá que lidar na Presidência

Irã

O acordo nuclear com o Irã reduziu imediatamente a ameaça de confronto militar entre o país e os Estados Unidos, mas como novo presidente, Trump pode dificultar a realização do acerto.
Ele se manifestou contra o acordo - chegou a chamá-lo de "um dos piores acordos jamais feitos na história dos Estados Unidos" e disse que o Irã conseguiu o melhor que Obama e Hillary poderiam oferecer.
Durante a campanha, Trump afirmava que poderia renegociar o acordo, mas nunca deixou claro como o faria. Ele prometeu conter a tentativa do Irã de desestabilizar e dominar a região - o que não era muito diferente do discurso de Hillary.
O republicano está preparado também para usar a força, caso o Irã tente obter armas nucleares.

Israel e Palestina

Ao contrário da postura recente que os Estados Unidos - sob o comando dos Democratas - têm tomado em relação a esse conflito, sempre dando apoio incondicional a Israel, Donald Trump chegou a afirmar que seria neutro em quaisquer negociações de paz.
Mas, desde então, ele já mudou de ideia e prometeu uma aliança inseparável com Israel, adotando uma linha mais dura em relação aos palestinos. Trump diz que apoia uma solução de dois Estados, mas que isso só seria possível quando os palestinos superarem seu "ódio arraigado" contra Israel e pararem de "ensinar seus filhos a serem terroristas".
Seus assessores, porém, já questionaram a viabilidade de uma solução de dois Estados, e qualquer referência a ela foi tirada da plataforma republicana. Isso deixa aflito vários lobistas judeus nos EUA que viam essa questão como essencial para o futuro de Israel como um Estado judeu democrático.

China

O novo presidente herdará uma relação crucial, porém complexa, com esta potência global em ascensão. A relação com a China é caracterizada por controvérsias sobre política econômica e reivindicações territoriais nos mares asiáticos.
Xi JinpingImage copyrightAP
Image captionPresidente chinês Xi Jinping consolidou poder na China desde que virou líder do país em 2013
Donald Trump sempre se refere à China basicamente como parceiro comercial que tira proveito do país. Ele alega que Pequim pratica "dumping" em exportações e desvaloriza sua moeda. Trump diz ainda que "usará o comércio como forma de negociação", ameaçando impor novas tarifas de importação de até 45% e denunciando a Chima como "manipulador de moedas".

Coreia do Norte

O presidente eleito encontrará uma Coreia do Norte a caminho de se tornar uma potência nuclear capaz de desenvolver um míssil atômico. Atualmente, a política dos EUA sobre o país comunista é um misto de sanções e promessas de negociações caso Pyongyang abandone seu programa nuclear.
Esta política, entretanto, não funcionou e não deve funcionar, de acordo com o chefe de inteligência dos EUA, James Clapper.
Ele disse recentemente que pressionar o regime para abandonar suas armas nucleares é uma "causa praticamente perdida", porque elas seriam a "senha de sobrevivência" norte-coreana. O melhor que os EUA poderiam esperar, segundo Clapper, seria uma restrição do potencial nuclear da Coreia do Norte.
Donald Trump sugere uma abordagem mais agressiva: que a China exerça "controle total" sobre a Coreia do Norte e diz que "tornará negociações comerciais muito difíceis" para Pequim, se os problemas não forem resolvidos.
Ele diz que está preparado para conversar diretamente com o líder Kim Jong Um, o que seria uma grande mudança na política dos EUA.
Trump afirma ainda que estaria aberto a um eventual programa atômico militar do Japão, provocando temores de uma proliferação nuclear no leste asiático.
Fonte: BBC Brasil

Como a vitória de Trump pode afetar o Brasil?

Trump não mencionou o Brasil durante a campanhaImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionTrump não mencionou o Brasil durante a campanha
Em um triunfo inesperado, o republicano Donald Trump foi eleito o novo presidente dos Estados Unidos. Trump conquistou vários Estados-pêndulo, onde os resultados eram imprevisíveis - podiam favorecer tanto um quanto o outro partido -, como Flórida, Ohio e Carolina do Norte, garantindo vantagem sobre Hillary Clinton.
Como o êxito do republicano pode afetar o Brasil? Leia a seguir expectativas sobre os principais temas da agenda bilateral.

Economia e comércio

O Brasil se beneficiaria de uma maior abertura dos EUA a produtos brasileiros. Hoje, os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China.
Historicamente, o Partido Republicano, de Trump, defende o livre comércio e se opõe a medidas protecionistas que ajudassem empresas americanas a competir com estrangeiras.
Assim, um candidato republicano tenderia a ser melhor para os interesses econômicos do Brasil do que um candidato democrata, que tende a ser mais protecionistas para defender indústrias e empregos locais.
Por causa de imprevisibilidade, Trump pode ter efeito negativo sobre a economiaImage copyrightAP
Image captionPor causa de imprevisibilidade, Trump pode ter efeito negativo sobre a economia, dizem especialistas
Mas Trump inverteu essa lógica ao propor renegociar os acordos comerciais firmados pelos EUA para preservar empregos no país e reduzir o déficit americano nas transações com o resto do mundo.
Se o empresário colocar essas ações em prática, o Brasil poderia ser prejudicado.
A professora de Relações Internacionais da ESPM Denilde Holzhacker afirma que as consequências seriam imediatas e negativas, e causariam o que muitos economistas estão chamado de "efeito Trump".
"Como ele fez propostas muito amplas e populistas, o efeito econômico dessas medidas podem ter impacto grande e gerar um caos na economia - principalmente porque ele é contrário ao livre comércio, se mostrou protecionista."
Mas Holzhacker faz uma ressalva sobre a aplicação dessa medidas.
"Agora, para saber o quanto ele vai conseguir implementar disso, vamos ter que esperar. Ele é tão imprevisível e tudo fica tão indefinido que prejudica muito o cenário econômico."

Imigração e vistos

Estima-se que um milhão de brasileiros vivam nos EUA, boa parte em situação migratória irregular.
Ele diz que protegerá o "bem-estar econômico de imigrantes legais" e que a admissão de novos imigrantes levará em conta suas chances de obter sucesso nos EUA, o que em tese favoreceria brasileiros com alta escolaridade e habilidades específicas que queiram migrar para o país.
Evento de latinos em apoio a Trump, que promoteu construir um muro para evitar entrada de imigrantesImage copyrightEPA
Image captionEvento de latinos em apoio a Trump, que promoteu construir um muro para evitar entrada de imigrantes
Outro tema de interesse dos brasileiros é a facilidade para obter vistos americanos. Trump fez poucas menções ao sistema de concessão de vistos do país.
Hoje, Brasil e EUA negociam a adesão brasileira a um programa que reduziria a burocracia para viajantes frequentes brasileiros, como executivos. A eliminação dos vistos, porém, ainda parece distante.
Para que a isenção possa ser negociada, precisaria haver uma redução no índice de vistos rejeitados em consulados americanos no Brasil, uma exigência da legislação dos EUA.
Tanto Barack Obama quanto Hillary Clinton apoiavam reformas no sistema de imigração americano, que dariam cidadania a imigrantes ilegais que hoje vivem nos Estados Unidos.
Já Trump fez declarações polêmicas durante a campanha, ameaçando deportar 11 milhões de imigrantes ilegais. Sua promessa de construir um muro na fronteira com o México gerou revolta entre parte da comunidade hispânica no país.
Ao final da campanha, Trump não mudou o tom prometendo, por exemplo, "veto extremo" à imigração. Mas deu menos detalhes sobre quais políticas irá realmente adotar. No entanto, é praticamente certo que as medidas propagadas pelos democratas não serão implementadas.

Relação com o Brasil

O Brasil e a América Latina não foram tratados como temas prioritários nas campanhas dos dois candidatos.
Em 2015, Trump citou o Brasil ao listar países que, segundo ele, tiram vantagem dos Estados Unidos através de práticas comerciais que ele considera injustas. A balança comercial entre os dois países, porém, é favorável aos EUA.
Como empresário, Trump é sócio de um hotel no Rio de Janeiro e licenciou sua marca para ser usada por um complexo de edifícios na zona portuária da cidade. Anunciada em 2012, a obra ainda nem começou.
Para a professora de Relações Internacionais da Unifesp Cristina Pecequilo, como Trump não falou nada sobre o país, após a rápida menção de 2015, e se distanciou de temas ligados à América Latina, não deve haver muitas mudanças para os brasileiros. No entanto, diferentemente de Hillary, o republicano tem o elemento de imprevisibilidade.
"A situação do governo Hillary para  o Brasil teria sido mais tranquila porque era mais previsível por qual caminho ela iria. Seria a continuidade do governo Obama, de uma dimensão política que tem o reconhecimento do Brasil como relevante, sem muitas mudanças."
Pecequilo afirma que o país deve perder relevância na visão dos Estados Unidos dado o conturbado cenário interno.
"Eles estão com tanto problema dentro de casa, que o Brasil não é uma preocupação."
Relação entre Brasil e EUA também vai depender de química entre Temer e TrumpImage copyrightAFP/AP
Image captionRelação entre Brasil e EUA também vai depender de química entre Temer e Trump

Questão de química

Especialistas nas relações Brasil-EUA costumam dizer que os laços entre os dois países dependem em grande medida da química entre seus líderes, independentemente de seus partidos ou ideologias.
Eles afirmam que, embora seguissem tradições políticas bastante distintas, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011) e George W. Bush (2001-2009) tinham uma relação tão boa quanto a mantida entre FHC (1995-2002) e Bill Clinton (1993-2001), que tinham maior afinidade ideológica.
Já a relação entre Barack Obama e Dilma Rousseff nunca foi tão próxima e sofreu com a revelação de que o governo americano havia espionado a presidente brasileira.
Analistas afirmam ainda que Brasil e EUA têm relações bastante diversificadas e que os laços devem ser mantidos qualquer que seja o resultado da eleição em novembro, já que os dois governos dialogam dentro de estruturas burocráticas.
Do lado brasileiro, há interesse em se aproximar mais dos EUA, vença quem vencer. Em entrevista à BBC Brasil em julho, o embaixador brasileiro em Washington, Sérgio Amaral, disse que o governo Temer investiria nas relações com as cinco principais potências globais (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido).
Amaral afirmou ainda que, na Embaixada, priorizaria áreas em que Brasil e EUA têm maior convergência, como direitos humanos e meio ambiente.
Fonte: BBB Brasil

terça-feira, 25 de outubro de 2016

As 5 matérias de Geografia que mais caem no ENEM

Por: F5 ONLINE
Em: 


Geografia do ENEM cai na prova de Ciências Humanas e Suas Tecnologias, junto com questões de História, Filosofia e Sociologia.  É importante estudar acontecimentos atuais de política e assuntos de igualdade social, racial e de gênero. Geralmente há mais questões sobre Geografia do Brasil do que Geografia Geral.
A seguir, veja as cinco matérias de Geografia que mais caíram no ENEM desde 2009. 

Matérias de Geografia que mais caem no ENEM:

Estrutura fundiária (23%) 
No Brasil existe uma grande concentração de terras. Menos de 2% dos proprietários são donos de cerca de 40% das propriedades rurais. Muitas vezes, questões sobre estrutura fundiária e outros assuntos de Geografia do ENEM pedem a interpretação de gráficos ou tabelas. Uma das consequências da concentração fundiária é a desigualdade social. Ela é fortalecida, também, pela modernização do campo. Estude também as características da agricultura brasileira para Geografia do Enem.

Meio ambiente e paisagens (23%)
O Brasil possui uma diversidade botânica imensa. Em nosso país, podemos encontrar florestas, formações arbustivas e rasteiras, além de uma composição vegetal litorânea diversa, o que faz com que essa matéria seja frequente nos vestibulares. É importante estudar domínios morfoclimáticos, biomas e clima para Geografia do ENEM.

Urbanização e população (15%)
Durante muitos séculos, a população rural foi maior do que a população urbana em todo o mundo. A quantidade de pessoas que habitam as cidades superou a população rural na década de 1970 no Brasil. Historicamente, o espaço urbano oferece mais oportunidades sociais, econômicas e políticas. É importante estudar as diferenças entre a urbanização em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Estude o que é megacidade, megalópole e metrópole para Geografia do ENEM.

Geologia (11%)
Dentro da Geologia, existe o estudo das formas de relevo e da estrutura da Terra. Ela é formada por núcleo, manto e crosta. Devido à dinâmica da crosta terrestre, surgem terremotos, vulcões e relevos como cadeias montanhosas, por exemplo. Estude a Teoria da Tectônica de Placas e processos de formação de relevo.

Geopolítica (11%)  
A formação do território brasileiro dependeu de acontecimentos históricos e de características morfoclimáticas da região. Em Geografia Geral, procure entender a globalização, a multipolarização política, e as organizações reguladoras da economia. Entenda as características de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Estude a organização política, territorial e regional do Brasil para o ENEM

domingo, 9 de outubro de 2016

Pré-Sal

Pré-Sal

As descobertas no pré-sal estão entre as mais importantes em todo o mundo na última década. A província pré-sal é composta por grandes acumulações de óleo leve, de excelente qualidade e com alto valor comercial. Uma realidade que nos coloca em uma posição estratégica frente à grande demanda de energia mundial.

A produção diária de petróleo no pré-sal passou da média de aproximadamente 41 mil barris por dia, em 2010, para o patamar de 1 milhão de barris por dia em meados de 2016. Um crescimento de quase 24 vezes.
Para descobrir essas reservas e operar com eficiência em águas ultraprofundas, desenvolvemos tecnologia própria e atuamos em parceria com fornecedores, universidades e centros de pesquisa. Contratamos sondas de perfuração, plataformas de produção, navios, submarinos, com recursos que movimentam toda a cadeia da indústria de energia.

Importantes conquistas

A marca de 1 milhão de barris de petróleo por dia no pré-sal foi atingida em menos de dez anos depois da primeira descoberta nessa camada geológica e apenas dois anos depois de alcançarmos, ali, 500 mil barris diários, em 2014.
Uma comparação com o nosso próprio histórico de produção dá a dimensão desse resultado: foram necessários 45 anos, a partir da sua criação, para que nossa empresa alcançasse, em 1998, a produção do primeiro milhão de barris de petróleo.
Esse crescimento acelerado da produção comprova a alta produtividade dos poços em operação no pré-sal e representa uma marca significativa na indústria do petróleo, especialmente porque os campos se situam em águas profundas e ultraprofundas.
Um dado que mostra, comparativamente, a alta produtividade do pré-sal é que a companhia precisou, em 1984, de 4.108 poços produtores para chegar à marca de 500 mil barris diários. No pré-sal, chegamos ao dobro desse volume de produção com a contribuição de apenas 52 poços.
O volume expressivo produzido por poço no pré-sal da Bacia de Santos, em torno de 25 mil barris de petróleo por dia, está muito acima da média da indústria. Dos dez poços com maior produção no Brasil, nove estão localizados nessa área. O mais produtivo está no campo de Lula, com vazão média diária de 36 mil barris de petróleo por dia.
Temos perfurado poços no pré-sal em tempo cada vez menor, sem abrir mão das melhores práticas mundiais de segurança operacional. O tempo médio para construção de um poço marítimo no pré-sal da Bacia de Santos era, até 2010, de aproximadamente 310 dias. Com o avanço no conhecimento da geologia, a introdução de tecnologias de ponta e o aumento da eficiência dos projetos, em 2015 esse tempo baixou para 128 dias; e nos primeiros cinco meses de 2016, para 89 dias. Uma redução de 71%.
Por conta do conhecimento acumulado em nossas operações e da inovação tecnológica, o custo médio de extração do petróleo do pré-sal vem sendo reduzido gradativamente ao longo dos últimos anos. Passou de US$ 9,1 por barril de óleo equivalente (óleo + gás) em 2014, para US$ 8,3 em 2015, e atingiu um valor inferior a US$ 8 por barril no primeiro trimestre de 2016.
Aprimoramento da  indústria de bens e serviços

O volume de negócios gerado pelo pré-sal é um vetor que impulsiona o aprimoramento da cadeia de bens e serviços, aportando tecnologias, conhecimento, capacitação profissional e oportunidades para a indústria. A superação dos desafios tecnológicos na industria do petróleo, em sua maioria, são  obtidos a partir da associação de esforços entre as equipes técnicas das operadoras e dos  fornecedores, muitas vezes apoiados por estudiosos e pesquisadores das  universidades e centros de tecnologias. O desenvolvimento do pré-sal induziu a vinda para o Brasil de centros de pesquisa de grandes fornecedores e uma política de conteúdo nacional que privilegie a competitividade, associada às oportunidades de desenvolvimento que serão geradas com a superação dos desafios que teremos pela frente. Além disso, pode alavancar grandes conquistas de conhecimento.  É importante salientar que a  Petrobras continuará considerando em seus projetos a capacidade competitiva da indústria nacional de bens e serviços.

Entenda como foi formado o pré-sal

presal-camadas.jpg
O pré-sal é uma sequência de rochas sedimentares formadas há mais de 100 milhões de anos no espaço geográfico criado pela separação do antigo continente Gondwana. Mais especificamente, pela separação dos atuais continentes Americano e Africano, que começou há cerca de 150 milhões de anos. Entre os dois continentes formaram-se, inicialmente, grandes depressões, que deram origem a grandes lagos. Ali foram depositadas, ao longo de milhões de anos, as rochas geradoras de petróleo do pré-sal. Como todos os rios dos continentes que se separavam corriam para as regiões mais baixas, grandes volumes de matéria orgânica foram ali se depositando.

À medida que os continentes se distanciavam, os materiais orgânicos então acumulados nesse novo espaço foram sendo cobertos pelas águas do Oceano Atlântico, que então se formava. Dava-se início, ali, à formação de uma camada de sal que atualmente chega até 2 mil metros de espessura. Essa camada de sal depositou-se sobre a matéria orgânica acumulada, retendo-a por milhões de anos, até que processos termoquímicos a transformasse em hidrocarbonetos (petróleo e gás natural).

No atual contexto exploratório brasileiro, a possibilidade de ocorrência do conjunto de rochas com potencial para gerar e acumular petróleo na camada pré-sal encontra-se na chamada província pré-sal, um polígono de aproximadamente 800 km de extensão por 200 km de largura, no litoral entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo.
As jazidas dessa província ficam a 300 km da região Sudeste, que concentra 58,2% do Produto Interno Bruto (soma de toda a produção de bens e serviços do país). A área total da província do pré-sal (149 mil km2) corresponde a quase três vezes e meia o estado do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Brasileiro usa garrafas PET para iluminar regiões pobres no Brasil


Brasileiro usa garrafas PET para iluminar regiões pobres no Brasil

ONG tem o objetivo de levar para as comunidades mais carentes uma fonte de luz econômica e sustentável

5 DE SETEMBRO DE 2016

facebook.com/umlitrodeluzbrasilA ONG tem o intuito de levar os postes de PVC para os lugares menos favorecidos e comunidades carentes.
Durante seu intercâmbio no ano de 2013 em Nairóbi, Quênia, o administrador Vitor Belota Gomes, de 27 anos, ficou impressionado com a falta de energia elétrica que existia em casas e escolas da região.
Foi então que ele resolveu achar uma solução de baixo custo para ajudar a população do país e se deparou com a ONG a Liter of Flight, que utilizava garrafas PET para fornecer iluminação.
A solução foi desenvolvida durante o apagão de 2001, pelo brasileiro Alfredo Moser, e a ideia foi tão genial e inovadora que se espalhou para outros países. Ela consiste em encher as garrafas com água e alvejante, para que a luz solar incida sobre o líquido e, por refração na água, gere iluminação ao ambiente. Para que o processo seja concluído, as garrafas são instaladas no telhado e podem chegar a fornecer 55 watts de luz, com a vantagem de não emitir gás carbono.
Depois que Gomes voltou ao Brasil, ele fundou a ONG Litro de Luz, para poder levar essa técnica a lugares menos favorecidos e comunidades mais vulneráveis. Porém, o que ele não imaginava era que iria encontrar dificuldades: “Diziam: ‘quem é esse playboy que quer subir no meu telhado e instalar uma garrafa?’”, contou ao site Razões para Acreditar.
Ele também disse que a maior reclamação dos moradores dessas comunidades era a falta de energia nas ruas e não em suas casas. Foi aí que ele decidiu mudar o foco da ONG, passando a desenvolver soluções para a solução desse problema.
Uma delas foi a criação do poste de PVC, que possui uma placa fotovoltaica que carrega uma bateria com capacidade para armazenar até 32 horas de energia e acende pequenas lâmpadas de LED dentro das garrafas PET. Esse novo sistema já foi instalado em comunidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Florianópolis.

Região Norte será beneficiada pelo projeto

Agora o próximo passo de Gomes é levar seu projeto sustentável para a cidade de Caapiranga, um município de 12 mil habitantes localizado no Amazonas. Em entrevista concedida ao Folha de S. Paulo, ele ressaltou: “Vamos entrar na Amazônia com projeto de longo prazo. É a região mais carente de energia, onde muitos dependem de geradores a diesel que só funcionam algumas horas por dia.”
A ONG conseguiu instalar mais de 1 milhão de garrafas diurnas, mais de 25 mil garrafas noturnas e mais de 3 mil postes de luz, ajudando 21 países no seu desenvolvimento de forma econômica e ecologicamente sustentável.

Fonte: Pensamento Verde