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terça-feira, 23 de junho de 2015

PLANO DE AULA: Domínios morfoclimáticos

Objetivos

O aluno deverá:
1) Conhecer a divisão em domínios morfoclimáticos proposta por Aziz Nacib Ab'Saber e a sua abordagem conceitual;
2) Compreender a dinâmica do espaço natural a partir da correlação entre clima, relevo, hidrografia, solos etc. e as paisagens resultantes desta interação;
3) Conhecer cada um dos domínios, inclusive as faixas de transição, e as suas especificidades;
4) Compreender como a ação antrópica interfere nas paisagens, transformando-as e alterando a sua dinâmica natural a partir dos problemas ambientais;
5) Conhecer como as diferentes características naturais podem resultar em diferentes aproveitamentos econômicos (extrativismo do látex, madeira, produção do sal, pau-brasil, transporte hidroviário, hidrelétricas etc.).

Estratégias

1) Propor a confecção de um mapa com os domínios morfoclimáticos;
2) Apresentar um climograma, os solos, vegetação, hidrografia etc. para cada um dos domínios;
3) Associar o relevo ao clima e à latitude (chuvas orográficas, ventos alísios etc.), associar às características do solo e à sua fertilidade (laterização, lixiviação, profundidade e outras características) e associar estes elementos à hidrografia (vazão, drenagem, perenidade etc.); por fim, incluir na análise a vegetação e suas características (higrófila - relacionar com a umidade e a pluviosidade na Amazônia, por exemplo; caducifólia - a existência de uma estação seca no cerrado; acicufoliada - associada à queda de neve no passado ou no presente; a acidez do solo no cerrado e a sua aparência de xerófila ou pseudoxerófila; xerófila - adaptada à falta de umidade etc.);
4) Pesquisar as formas de relevo e a vegetação, procurando identificar formas características de relevo (Chapadas, coxilhas etc.) e as espécies características da vegetação.
5) Pesquisar os impactos ambientais mais graves relacionados ao que foi exposto: arenização-desertificação; desflorestamento, erosão, voçorocamento, escorregamento (deslizamento) de terras etc.

Conclusão da atividade

1) Fazer um mural com o mapa dos domínios morfoclimáticos e, em volta, colocar as fotos, imagens, gráficos e características de cada um. Se possível, colocar uma planta, semente ou fruta dos domínios;
2) Montar uma exposição com os produtos do extrativismo (exemplos: madeira da Amazônia ou da Floresta de Araucárias, sorvete de cupuaçu, artesanato feito com produtos regionais etc.).

Conceitos

Paisagem natural, domínios morfoclimáticos, zona de transição.

Habilidades e Competências

1) Capacidade de estabelecer relações de causalidade, analisar, interpretar, descrever, localizar, pesquisar, associar, relacionar.
2) O aluno deverá ser capaz de entender/explicar a dinâmica natural e as suas interações.
Luiz Carlos Parejo
é professor de colégios da rede privada e de cursos pré-vestibulares.

PLANO DE AULA: Conhecendo a região Nordeste

Conceitos

Região Nordeste, desigualdades sociais, dinâmica econômica regional, divisão territorial do trabalho, latifúndio e concentração fundiária, dinâmica hidrológica de climas semi-áridos, impactos sociais e ambientais do uso dos recursos hídricos.

Objetivos

O aluno irá analisar, compreender, descrever, localizar, pesquisar, sintetizar, questionar. Também será capaz de entender a formação do nordestino com base em sua dinâmica regional e na interação homem-meio ambiente. Para desenvolver essas habilidades e competências, ele deverá:
1) Conhecer a diferença entre região geoeconômica e região administrativa do Nordeste, segundo a definição do IBGE);
2) Conhecer as diferentes sub-regiões nordestinas com base em suas diferenças naturais e sociais;
3) Produzir textos para a elaboração de um jornal, treinando a capacidade de síntese;
4) Saber usar/ler mapas, maquetes, gráficos e tabelas, importantes recursos para o entendimento da região. Essa leitura, bem como a implantação de dados nos mapas, permitirão que o aluno associe e correlacione os diferentes fenômenos abordados;
5) Compreender a dinâmica natural com base na interação dos elementos que a compõem: relevo, clima, vegetação (principalmente a caatinga e a Mata dos Cocais), hidrografia (principalmente os rios São Francisco, Paraíba e Jaguaribe e os afluentes intermitentes), solos, etc. A preocupação fundamental é elaborar uma análise baseada na interação dos sistemas naturais, procurando entender como eles se relacionam e como isso se reflete na paisagem natural, tão diferenciada;
6) Conhecer a ocupação territorial da região a partir dos ciclos econômicos, valorizando o ciclo da cana-de-açúcar e o uso da mão-de-obra escrava;
7) Localizar as principais cidades, avaliando a hierarquia urbana e as densidades demográficas, relacionando-as com os meios de transporte e com as sub-regiões;
8) Compreender a importância do Nordeste do ponto de vista da divisão territorial do trabalho;
9) Compreender a existência das desigualdades sociais internas e da dificuldade de quebrar o ciclo vicioso;

Estratégia

1) Propor a confecção de mapas das sub-regiões, densidade dos transportes, hierarquia urbana, clima, relevo, vegetação, hidrografia. Solicitar um texto comparando a ocorrência desses fenômenos nos diferentes mapas;
2) Pesquisar e ler os textos do Educação sobre o tema;
3) Pesquisar sobre a cultura regional: costumes, comidas, frutas, folclore, músicas, literatura (principalmente de cordel), etc.;
4) Construir uma maquete do relevo (altimetria) da região Nordeste e localizar: rios principais (perenes e alguns temporários, com as hidrelétricas e trechos navegáveis), maiores cidades, rodovias, localização das principais atividades econômicas, clima e o projeto de transposição do rio São Francisco;
5) Com base em filmes ("Abril Despedaçado", por exemplo) e documentários (sobre a moderna produção agrícola no Vale Médio do São Francisco, por exemplo), discutir as condições naturais e a situação social. Evite as abordagens que tratam o Nordeste como atraso ou o Nordeste moderno versus o Nordeste atrasado, que não se relacionam. Procure trabalhar com a concepção de coexistência e das relações entre os dois circuitos, e como um "não existiria" sem o outro;
6) Criar um jornal das sub-regiões do Nordeste. O jornal pode ser dividido em cinco partes. Na primeira, colocar um mapa das sub-regiões nordestinas e as notícias de cunho geral. As outras quatro devem apresentar notícias de cada uma das sub-regiões, destacando as desigualdades, os conflitos sociais e o dinamismo econômico verificado hoje na região. As artes plásticas (principalmente gravuras), a poesia regional e a literatura de cordel devem ser utilizadas;
7) Criar uma agência de viagens imaginária, com roteiros que passem por todas as sub-regiões. Sugerimos ao professor valorizar as qualidades do local e indicar lugares com forte potencial turístico;

Conclusão da atividade

1) Organizar uma exposição para apresentar as maquetes;
2) Entregar o(s) jornal(is) para o conjunto dos alunos e funcionários da escola, se possível.
Luiz Carlos Parejo
é professor de colégios da rede privada e de cursos pré-vestibulares.

PLANO DE AULA: Conflitos étnicos e intolerância

Objetivos

1) Conhecer os principais conflitos étnicos nos dias atuais.
2) Conhecer as diversas formas com que o preconceito se manifesta na sociedade atual.
3) Discutir os antagonismos existentes entre grupos culturais e as dificuldades de assimilação das diferenças.
4) Representar as discussões em sala de aula na linguagem de quadrinhos.

Estratégia

1) Abordagem em sala de aula dos principais conflitos étnicos do mundo atual.
2) Levantar em sala de aula as formas de preconceitos que podem ser verificadas no dia-a-dia e na comunidade na qual os alunos vivem.
3) Pesquisar a influência da discriminação no mundo do trabalho.

Proposta de trabalho em grupo

A seqüência dos quadrinhos sugere uma reação em cadeia de posturas preconceituosas. Tire uma cópia para cada grupo e peça que desenvolvam a proposta de trabalho que segue.
Clique aqui e aqui para ver a seqüência de quadrinhos e imprimi-la.
1. Escrever falas nos balões a partir das imagens sugeridas por cada quadrinho.
2. Pensar um título para a história e escrever no primeiro quadrinho em branco.
3. Colorir os quadrinhos.
4. Fazer uma capa para o trabalho.
5. Colocar o nome dos elementos do grupo na contracapa.

Conclusão da atividade

Os trabalhos podem ser discutidos e expostos em mural em sala de aula ou qualquer outro espaço adequado da escola.
Cláudio Mendonça
é professor do Colégio Stockler e autor, para o ensino médio, de "Geografia geral e do Brasil" e "Território e sociedade no mundo globalizado".

PLANO DE AULA: Analisando um climograma

Conceitos

Clima, gráficos, estações do ano, tempo atmosférico.

Objetivos

O aluno será capaz de ler, analisar, compreender, descrever e produzir gráficos de climograma. Também será capaz de associar os dados à dinâmica ambiental e ao aproveitamento econômico. Para desenvolver essas habilidades e competências, ele deverá:
1) Construir um climograma, representando as variações de temperatura e precipitação;
2) Analisar um climograma, descrevendo a distribuição das temperaturas e das precipitações;
3) Associar a dinâmica climática com atividades econômicas determinadas, principalmente turismo e agropecuária;
4) Compreender que as variações de temperatura, umidade e precipitação anuais estão relacionadas com o preço de alguns produtos (leite, frutas, carne, etc.);
5) Compreender a relação entre as estações do ano e o deslocamento de populações (humanas e animais);
6) Perceber a relação entre as estações do ano e a sua própria realidade local (Quando chove mais? Existem deslizamentos de terra? Quando determinadas árvores e plantas, características do lugar, florescem ou dão frutos? Algumas doenças aumentam ou diminuem o número de casos em alguma estação do ano? Etc.).

Estratégia

1) Propor a confecção de climogramas de diferentes climas, latitudes e hemisférios (norte e sul);
2) Ler os climogramas e procurar descrever as variações de temperatura e precipitação (ex.: verão seco, inverno chuvoso, total pluviométrico anual, média máxima, média mínima, amplitude térmica, etc.);
3) Pesquisar situações opostas, levando em conta informações turísticas. Por exemplo: em qual estação do ano a Áustria recebe mais turistas para esquiar na neve ou em qual estação do ano as praias do sul do Brasil recebem maior número de turistas;
4) Pesquisar, no seu estado, quando (quais meses ou estações do ano) ocorrem os principais plantios e colheitas e se provocam deslocamentos de pessoas.

Conclusão da atividade

1) Dividir a sala em grupos e propor a criação de um folheto ressaltando as qualidades do clima local, com o objetivo de atrair turistas e/ou investimentos;
2) Fazer uma competição entre os diferentes folhetos;
3) Expor os diferentes climogramas e as paisagens naturais associadas a cada um deles.
Luiz Carlos Parejo
é geógrafo e professor de geografia.

PLANO DE AULA: Tempo atmosférico e clima

Objetivos

1) Conhecer as diferenças entre clima e tempo atmosférico;
2) Compreender a dinâmica atmosférica da Terra e como o homem interfere nela;
3) Associar o clima a outros fenômenos, como altitude, relevo, maritimidade, continentalidade, densidade vegetal e evapotranspiração. Relacioná-los a fatores climáticos como temperatura, pressão e umidade, criando uma visão articulada entre os elementos e fenômenos que formam o meio ambiente;
4) Analisar como os diferentes tipos de clima interferem na opção por certas atividades econômicas e quais impactos sociais estão relacionados à dinâmica climática (enchentes, secas, desabamentos, etc.);
5) Determinar a relação entre determinadas ações humanas e mudanças climáticas em diferentes escalas. Exemplos: represas artificiais podem alterar o microclima local ou regional; a emissão de gases que provocam o efeito estufa (CFCs, metano e gás carbônico), através da queima de combustíveis fósseis, provoca o aumento da temperatura global, acelera o degelo das calotas polares e aumenta do nível do mar.

Estratégias

1) Propor a produção de uma tabela de temperaturas dentro e fora da sala de aula. O professor deve pedir aos alunos que observem como está o tempo (nublado, chuvoso, quente, frio, úmido ou seco) durante uma determinada quantidade de dias.
Após este período, ele deve perguntar aos alunos se eles perceberam, em si mesmos, alguma reação a estas diferentes condições atmosféricas. Feito este exercício, o professor vai explicar os conceitos de tempo atmosférico, microclima e clima e construir um gráfico com as informações obtidas pelos estudantes;
2) Apresentar um climograma, explicando como são obtidos dados sobre temperatura e precipitação;
3) Exibir um filme que enfatize a relação destes processos com a vida no planeta (exemplo: O Dia depois de Amanhã). Pedir aos alunos um relatório sobre o filme, com propostas de soluções para as questões apresentadas na obra;
4) Mostrar para o aluno, através de mapas (do Brasil ou do mundo), a distribuição das temperaturas e das precipitações. Associá-las com outros fatores, como altitude, latitude, correntes marítimas e vegetação;
5) Pedir aos alunos pesquisas sobre os temas discutidos na sala de aula. Exemplos: localização de determinadas produções agrícolas e suas relações com o clima; plantações de produtos típicos de um determinado clima em outras regiões, através do uso de estufas.

Conceitos

Clima, tempo, dinâmica climática terrestre, processos interativos entre homem e clima e impactos ambientais da ação humana.

Habilidades e competências

1) Capacidade de estabelecer relações de causalidade, analisar, interpretar, descrever, localizar, pesquisar, associar e relacionar;
2) O aluno deverá ser capaz de entender/explicar os processos climáticos básicos, as paisagens relacionadas ao clima e como o homem interfere na dinâmica climática.

Conclusão da atividade

1) Fazer um debate sobre as mudanças climáticas globais, valorizando os dados obtidos nas pesquisas realizadas pelos estudantes;
2) Montar uma exposição com as conclusões do debate e imagens sobre o tema.
Luiz Carlos Parejo
é professor de colégios da rede privada e de cursos pré-vestibulares.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

PLANO DE AULA - ENSINO MÉDIO: Formação de montanhas: agentes internos e externos

Objetivo(s) 
- Entender os processos geológicos e geofísicos constituintes da crosta terrestre responsáveis por sua dinâmica interna
- Identificar hipóteses e evidências que expliquem a configuração do relevo terrestre por meio de constatações geológicas decorrentes de teorias científicas
- Classificar as diferentes manifestações do relevo terrestre considerando as forças endógenas e exógenas que atuam no planeta
Ano(s) 
Tempo estimado 
3 aulas
Material necessário 
Reportagem de VEJA: Das ondas para o topo do mundo
- Textos e imagens sobre o tema
- Atlas geográfico
- Projetor multimídia
- Computadores conectados à internet
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Inicie a aula resgatando os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a temática "montanhas". Problematize:

- O que é uma montanha?
- Como se formam as montanhas?
- Onde se localizam as maiores altitudes do planeta?


Permita que os estudantes expressem suas noções sobre o assunto e registre-as esclarecendo possíveis equívocos e, a partir da "sementeira de ideias", ajude-os a elaborar um quadro-síntese para sistematizar a produção de conhecimentos.
2ª etapa 
Agora, organize os estudantes em grupos e oriente-os a pesquisar o tema com o objetivo de fundamentar a compreensão do conteúdo debatido na atividade anterior.

Cada grupo deverá buscar informações em livros didáticos e materiais paradidáticos, atlas escolares, revistas e sites de busca na internet, procurando explicar o que são montanhas, quais são os agentes internos (os movimentos da crosta) e externos (clima e intemperismo) responsáveis pela formação das mesmas e onde se localizam as maiores altitudes do planeta.

Ressalte a importância de buscar informações em fontes de pesquisa confiáveis, especialmente quando disponíveis na internet, como plataformas multimídia reconhecidas por instituições educacionais e/ou de pesquisa.

Para iniciar a pesquisa, peça que os grupos leiam o artigo "Montanha", disponível na Britannica Escola Online, (plataforma educacional reconhecida pelo MEC/CAPES, dispõe de informações confiáveis, de acesso fácil e gratuito para pesquisas escolares).

Além do artigo sugerido, apresente o vídeo "Montanhas", disponível na Britannica Escola Online , que ajuda a compreender algumas caraterísticas das formações montanhosas e as diferenças entre as formações antigas e as mais recentes.

Para melhor explorar o vídeo, peça que os alunos prestem atenção nos seguintes pontos:
- Como reconhecer as características dos relevos montanhosos?
- Quais os tipos de montanhas existentes em nosso planeta?


Acompanhe o desenvolvimento da pesquisa pelos grupos explicando e esclarecendo possíveis dúvidas sobre os processos de formação das montanhas. Cite exemplos de relevos montanhosos e auxilie os grupos a localizarem as principais cadeias montanhosas nos diferentes continentes.
Oriente os estudantes a fazerem registro das informações levantadas em cada etapa da pesquisa em um arquivo no computador ou no caderno.
3ª etapa 
Auxilie os grupos de estudantes a exporem os resultados do estudo em forma de seminário, utilizando cartazes ilustrativos ou projetor multimídia.

Após as apresentações, sugerimos que o professor, com o apoio dos alunos, reúna todos os materiais apresentados por cada grupo em um só arquivo, formando um único documento que poderá ser utilizado como fonte de pesquisa por outros estudantes. Além disso, os resultados poderão ser apresentados à comunidade escolar em algum evento, como uma feira cultural.

Se houver espaço em sua escola, sugerimos algumas abordagens que podem ser trabalhadas com outras áreas do conhecimento. Por exemplo, em Português, os alunos podem trabalhar com produção e interpretação de textos sobre a temática; em História e Sociologia pode-se fazer um estudo sobre as diversas atividades humanas em terras montanhosas; em Ciências, podem ser feitos estudos sobre os problemas socioambientais em regiões de montanhas; em Artes, confeccionar painéis temáticos e, em Matemática, tabular dados quantitativos sobre as montanhas e construir gráficos, tabelas, dentre outras inúmeras possibilidades.
Avaliação 
A avaliação deve acontecer durante todo o processo, considerando a participação, o desempenho e a colaboração dos alunos em cada atividade proposta. No entanto, considera-se relevante, após o desenvolvimento das atividades, avaliar:

1. Pesquisa: verificar a capacidade dos alunos para realizarem pesquisa:
- Valorizar a busca de informações sobre o tema em sites de pesquisa confiáveis, em cada uma das atividades propostas.
2. Exposições: constatar se houve a compreensão dos conceitos estudados.
- Discutir com os alunos sobre o que mudou em seus pontos de vista com relação aos conceitos abordados após a realização de cada atividade.
3. Comportamento individual e coletivo: observar as atitudes individuais e em grupo e constatar se houve mudanças significativas concernentes ao respeito a si mesmo e aos outros colegas.
4. Trabalho em grupo: avaliar a capacidade dos discentes para desenvolver ambientes de aprendizagem colaborativa.
- Observar a disponibilidade, iniciativa e colaboração do aluno ao trabalhar em grupo.

O significado desta proposta didática não está no acúmulo de informações, mas nas descobertas e novos questionamentos que surgem ao longo do caminho. Com base nisso, é possível avaliar a continuidade do trabalho, bem como sua reconfiguração.

Fonte: Gente que educa

PLANO DE AULA - ENSINO MÉDIO : Relevo brasileiro: arcabouço geológico e produção mineral

Objetivos

1) Entender o que é o tempo geológico e a sua divisão em "tempo antigo" e "tempo recente";
2) Conhecer a distribuição das grandes estruturas geológicas do território brasileiro;
3) Compreender que a estrutura geológica é a base de um território, pois corresponde à sua composição rochosa e está ligada ao surgimento de minérios metálicos;
4) Conhecer a distribuição dos minérios metálicos no território brasileiro e relacioná-los com o arcabouço geológico brasileiro.

Estratégias

1) Inicialmente, é fundamental abordar o conceito de tempo geológico, que é a base necessária para o entendimento das estruturas do relevo no Brasil. O conceito de tempo geológico deve ser contrastado com o de tempo histórico. Não é um conceito comum para os alunos e seu entendimento envolve grande capacidade de abstração. Dependendo dos conhecimentos prévios dos alunos, pode ser necessário retomar a noção de escalas de tempo.
2) Um dos caminhos possíveis para explicar essa diferenciação entre tempo geológico e tempo histórico é criar um paralelo entre a coluna geológica e uma linha do tempo histórico, que pode apresentar a divisão clássica entre Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Desse paralelo surgem questionamentos importantes: que tipo de fenômeno é utilizado para assinalar a passagem entre as eras geológicas? E entre as idades da história humana? O que é um "tempo longo" para a Geologia? E para a História? Depois dessa comparação, para que os alunos possam localizar no tempo os diversos fenômenos que serão abordados, entregue para cada um uma cópia da tabela geológica da Terra.
3) Nesse momento, explique que o tempo geológico deve ser dividido em dois componentes: os "tempos antigos" e os "tempos recentes". Deixe bem claro que os "tempos antigos" abrangem o Pré-Cambriano e as eras Paleozóica e Mesozóica - e que estas se associam à configuração do arcabouço geológico. Já os "tempos recentes" abrangem os períodos Terciário e Quaternário da Era Cenozóica, associando-se à modelagem do relevo. Assim, informe que, durante a aula, a atenção será direcionada para o "tempo antigo", ou seja, a classe estudará a formação da estrutura geológica do território brasileiro. Vale lembrar que essa diferenciação em relação aos tempos geológicos (antigos e recentes) é indispensável, pois permite eliminar do pensamento dos alunos a confusão que existe entre as estruturas geológicas e as formas do modelado. O estabelecimento desses conceitos evita a reprodução de enganos, como a ideia de que "o relevo brasileiro é antigo, pois as estruturas geológicas formaram-se essencialmente no Pré-Cambriano e na Era Paleozóica".
4) Informe que o território brasileiro é formado por estruturas geológicas antigas, com exceção das bacias de sedimentação recente, como a do Pantanal mato-grossense, parte ocidental da bacia amazônica e trechos do litoral nordeste e sul, que são do Terciário e do Quaternário (Cenozóico). O restante das áreas têm idades geológicas que vão do Paleozóico ao Mesozóico, para as grandes bacias sedimentares, e ao Pré-Cambriano (Arqueozóico-Proterozóico), para os terrenos cristalinos.
5) Explique que, no território brasileiro, as estruturas e as formações litológicas são antigas, mas as formas do relevo são recentes. Estas foram produzidas pelos desgastes erosivos que sempre ocorreram e continuam ocorrendo - e, com isso, estão permanentemente sendo remodeladas. Desse modo, as formas grandes e pequenas do relevo brasileiro têm como mecanismo de origem, de um lado, as formações litológicas e os arranjos estruturais antigos, e de outro, os processos mais recentes, associados à movimentação das placas tectônicas e ao desgaste erosivo de climas anteriores e atuais. Nesse momento, chame a atenção dos alunos para a seguinte informação, que deve ficar bem clara: grande parte das rochas e estruturas que sustentam as formas do relevo brasileiro são anteriores à atual configuração do continente sul-americano, que passou a ter o seu formato depois da orogênese andina, ou seja, após o surgimento da cordilheira dos Andes e da abertura do oceano Atlântico, a partir do Mesozóico.
6) A grande estrutura do subsolo do território brasileiro desempenha importante papel na configuração das grandes formas do relevo e no surgimento de importantes jazidas de minérios metálicos. Desse modo, pode-se dizer, de forma simplificada, que são três as estruturas que definem os grandes compartimentos de relevo encontrados no Brasil: plataformas ou crátons, cinturões orogênicos e grandes bacias sedimentares. Entregue aos alunos, nesse momento, mais um mapa do território brasileiro, no qual se apresente a localização das grandes estruturas do Brasil.
7) Nesse momento, explique, de maneira simplificada, as características de cada macroestrutura do território brasileiro, chamando sempre a atenção dos alunos para as suas respectivas localizações. Durante a explicação, não podemos esquecer de citar os tipos de rochas que encontramos nessas estruturas geológicas (magmáticas e, na sua maioria, diversos tipos de rochas metamórficas, como ardósia, gnaisses, quartzitos etc.) e que minérios metálicos poderemos encontrar nessas rochas, como, por exemplo, zinco, chumbo, cobre, níquel, manganês etc. É importante destacar que os minérios metálicos só se encontram nos escudos cristalinos, em rochas magmáticas ou metamórficas, e o Brasil é extremamente rico nesse tipo de minério, pois os escudos cristalinos afloram em cerca de 36% do território.
8) A seguir, entregue para os alunos um mapa que mostre as principais concentrações de minérios metálicos. Caso seja necessário, explique a diferença entre minerais e minérios, bem como a diferença entre os outros minérios e os considerados metálicos. Vale lembrar aos alunos que o Brasil é um dos maiores produtores mundiais e exportadores de minérios, atividade que beneficia a balança comercial brasileira, mas também pode degradar o meio ambiente.
9) Com o objetivo de que os alunos reflitam sobre os problemas ambientais causados pela extração de minérios, encerre a aula com a seguinte informação, veiculada no jornal Folha de S. Paulo: "em 2008, o Brasil teve um lucro de quase 25 bilhões de dólares no seu comércio exterior: exportou mercadorias no valor de US$ 198 bilhões e importou US$ 173 bilhões. O desempenho foi recorde em todos os tempos. O resultado positivo, porém, se sustentou numa drenagem de recursos naturais, com ênfase nos minerais, como nunca houve no país e talvez também jamais tenha sido registrado no planeta. O saldo da balança comercial do setor mineral chegou a 93% do lucro total do Brasil, ou pouco mais de US$ 23 bilhões. Quase metade dessa façanha foi realizada pela Amazônia Legal, que contribuiu com US$ 10,3 bilhões em divisas para o país".
10) Em seguida, solicite aos alunos que pesquisem a lista dos principais minerais exportados pelo Brasil e quais as implicações dessa atividade extrativista no meio ambiente. Na aula seguinte, faça um sorteio e selecione alguns alunos para lerem os resultados das pesquisas. Discuta com a sala os resultados trazidos pelos alunos.
11) A tabela geológica da Terra pode ser encontrada no texto "Tabela mostra transformações na Terra". Já os mapas que foram citados neste plano de aula podem ser encontrados no "Atlas Geográfico do Brasil Melhoramentos".
Ângelo Tiago Miranda
é geógrafo, professor de Geografia e estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia.

Fonte: UOL Educação

PLANO DE AULA: A dinâmica do relevo terrestre

Objetivo(s) 
- Compreender a dinâmica de formação das principais formas de relevo da superfície terrestre.
- Entender que o "motor" dessa dinâmica são as correntes de convecção do manto.
- Identificar os movimentos realizados pelas placas tectônicas na superfície terrestre.
Conteúdo(s) 
- Formação e transformação do relevo.
- Placas tectônicas.
- Tectonismo e vulcanismo.
Ano(s) 
Tempo estimado 
Seis aulas.
Material necessário 
Livros para pesquisa, atlas e papel A3.
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Comece a aula perguntando por que atualmente no Brasil não existem extensas e elevadas cadeias montanhosas, vulcões ativos e fortes abalos sísmicos. Peça que, em duplas, elaborem um texto convincente sobre o tema e o mais próximo da realidade possível.
2ª etapa 
Depois de analisar as respostas, leve um mapa-múndi político para a sala e questione os alunos sobre a semelhança entre o traçado da costa oriental da América do Sul e a costa ocidental da África. O que isso evidenciaria? Peça que pesquisem sobre o tema e depois explique que a crosta terrestre é composta de placas, denominadas tectônicas ou litosféricas. A turma deve entender que a crosta terrestre não é inteiriça, mas formada de placas. Em grupos e com a ajuda de um atlas ou do livro didático, os alunos devem reproduzir em papel A3 o mapa de distribuição das placas tectônicas da Terra.
3ª etapa 
Explique que as placas se movem o tempo todo em direções convergentes ou divergentes, ainda que lentamente, por meio de uma força interna. Para que compreendam essas correntes, lembre a fervura da água. Dentro do recipiente levado ao fogo, o líquido realiza movimentos circulares.
4ª etapa 
No mapa-múndi físico, mostre as áreas de altas montanhas que, em geral, coincidem com as áreas de maior vulcanismo e tectonismo da superfície da Terra. Nesses locais, ocorre o encontro (convergência) entre as diferentes placas tectônicas. Ali, a crosta pode sofrer dobramentos (como o Himalaia e os Andes) e falhamentos (como a falha de San Andreas, na Califórnia, Estados Unidos), de onde brotam vulcões. Explique que o magma que está sob pressão dentro do manto extravasa até a superfície. Imagens de erupções vulcânicas vão ajudar a turma a entender o tema. Em grupos, oriente os alunos a identificar no atlas, em cada continente, os principais vulcões e cadeias de montanhas. Em seguida, eles devem comparar a distribuição geográfica dessas formas de relevo e a localização das regiões de convergência entre as placas tectônicas por meio do mapa elaborado anteriormente.
Avaliação 
Peça que eles retomem o texto escrito no início do trabalho e o refaçam com base nas informações obtidas em sala. É essencial que eles tenham percebido que, devido à sua posição geográfica, o Brasil está relativamente distante das áreas de encontro de placas e, portanto, numa área tectonicamente mais estável.
Flexibilização 
Tempo
Para alunos com deficiência visual, é importante dar mais tempo para o cumprimento da tarefa, já que eles podem ter dificuldade para escrever.
A pesquisa e a leitura do material podem ser feitas durante um tempo mais longo e com a ajuda de um colega, que funciona como um monitor. As tarefas que não forem cumpridas em sala podem ser concluídas no contraturno, dentro do apoio especializado.
Permita que o estudante com deficiência conclua o trabalho em casa ou na sala de apoio, no contraturno, e entregue na aula seguinte.

Recursos

Textos escritos a mão, com letras ampliadas, ou digitados em corpo 30 facilitam a leitura. A atividade de escrita pode ser feita em dupla, de forma compartilhada ou com o aluno cego ditando para o colega vidente, que funciona como escriba.
Providencie textos e mapas ampliados. Para os cegos, produza mapas em alto-relevo, com cola ou cordões nos limites dos continentes, ou recorra aos produzidos por bibliotecas especializadas 

Fonte: Gente que educa