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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Clima: está na hora de reflorestar

Especialistas e representantes dos governos brasileiro e alemão defendem, em Brasília, a conservação ambiental como atrativo econômico

Por: Lucas Tolentino – Editor: Marco Moreira




O combate ao desmatamento e o incentivo à conservação florestal aparecem entre as principais medidas para alcançar o desenvolvimento sustentável. Em rodada de discussões na Conferência Florestas, Clima e Biodiversidade, realizada nesta quarta-feira (19/08), em Brasília, especialistas e representantes dos governos do Brasil e da Alemanha defenderam a importância de ações como manejo e recuperação dos biomas na agenda ambiental.
 O principal desafio apontado no debate é definir as medidas futuras que devem ser adotadas em diversas instâncias. De acordo com o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink, ações que serão tomadas em médio prazo serão decisivas. “O Brasil alcançou consistentemente bons resultados no combate ao desmatamento”, afirmou. “Agora, é preciso olhar para frente e partir para o reflorestamento.”
 ECONOMIA FLORESTAL
Para Klink, a construção de um mercado baseado no valor da floresta em pé é essencial para a promoção do desenvolvimento sustentável. “O uso sustentável da biodiversidade e da economia florestal é o caminho”, defendeu. Segundo ele, o País já vem executando ações nesse sentido. “A agricultura de baixo carbono é um dos focos do governo federal”, exemplificou o secretário.
 Também foram apontadas como soluções as iniciativas no âmbito de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) – mecanismos capazes de cortar a liberação de gases de efeito estufa gerados pela supressão de vegetação, o que inclui a conservação dos estoques de carbono florestal. “Esse é um mercado que trabalha por soluções eficientes para a questão”, sintetizou o diretor-geral para Políticas Europeias e Internacionais para o Clima da Alemanha, Franzjosef Schafhausen.
 SAIBA MAIS
Apesar de considerado natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e gerado as mudanças do clima. Essas alterações são fruto do aumento descontrolado das emissões de substâncias como o dióxido de carbono e o metano. A liberação desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Fidel, em 73: 'EUA dialogarão com Cuba quando presidente for negro, e papa, latino-americano'

Fala de Castro a jornalistas tinha como objetivo demonstrar o quão distante estava a possibilidade da retomada da relação entre os dois países vizinhos

quarta-feira, 22 de julho de 2015

13 Questões - Tectonismo, Vulcanismo, Deriva Continental, Tipos de rochas...

1 - Questão (PUC – MG)  A teoria da Tectônica de Placas explica como a dinâmica interna da Terra é responsável pela estrutura da litosfera, sendo INCORRETO afirmar:
(A) A litosfera é a parte rígida que compõe a crosta terrestre; é segmentada em placas que flutuam em várias direções sobre o manto.
(B) O movimento das placas pode ser convergente ou divergente, aproximando-as ou afastando-as, ou ainda deslizando-as uma em relação à outra.
(C) A tectônica é responsável por fenômenos como formação de cadeias montanhosas, deriva dos continentes, expansão do assoalho oceânico, erupções vulcânicas e terremotos.
(D) As placas continentais e oceânicas possuem semelhante composição mineralógica básica, uma vez que essas placas compõem a crosta terrestre.


2 - Questão Com relação à constituição interna da Terra, suas camadas e características gerais, é correto dizer-se que:
(A) a tectônica é responsável por fenômenos como formação de cadeias montanhosas, deriva dos continentes, expansão do assoalho oceânico, erupções vulcânicas e terremotos.
(B) o núcleo interno, constituído, principalmente, de ferro e níquel, encontra-se em estado líquido devido às altas temperaturas ali reinantes.
(C) o núcleo externo encontra-se em estado sólido e apresenta uma constituição rochosa. Nele, são geradas correntes elétricas que imantam o núcleo interno e criam o campo magnético da Terra.
(D) as placas continentais e as oceânicas possuem semelhante composição mineralógica básica, uma vez que essas placas compõem a crosta terrestre.


3 - Questão O bloco diagrama representa o processo de formação de um fenômeno natural de grande magnitude, decorrente da movimentação de placas tectônicas.

 

Assinale a alternativa sobre o local e as condições de movimentação das placas tectônicas e o consequente fenômeno natural.
(A) No fundo do oceano, com terremoto em profundidade, sem deslocamento do solo e propagação de ondas gigantes; tsunami.
(B) Em superfície, sem deslocamento do solo oceânico e propagação de ondas gigantes; maremoto.
(C) No fundo do oceano, com deslocamento do solo sem propagação de ondas; terremoto.
(D) No fundo do oceano, com terremoto em profundidade, deslocamento do solo e propagação de ondas gigantes; tsunami.


4 - Questão: (FATEC) A teoria da “tectônica de placas”, hoje mais do que comprovada empiricamente, explica fenômenos como vulcões, terremotos e tsunamis. Segundo essa teoria, as placas tectônicas
(A) atritam entre si nas extremidades da Terra, derretendo as calotas polares.
(B) movem-se porque flutuam debaixo dos solos dos oceanos, causando abalos no continente.
(C) deslizam sobre o magma do interior da Terra e chocam-se em alguns pontos da crosta.
(D) movimentam-se em conjunto, desenvolvendo abalos sísmicos coordenados e previsíveis.


5 - (UFRS)  Como desenvolvimento da Teoria da Tectônica de Placas, fenômenos como a formação das cadeias montanhosas e das fossas submarinas foram melhor compreendidos. Com isso, sabe-se que a Cordilheira dos Andes se encontra em uma região da crosta terrestre que:
a) apresenta uma área de colisão de placas tectônicas.
b) forma margem continental do tipo passiva.
c) se situa em uma área de expansão do assoalho oceânico.
d) coincide com limites divergentes de placas.


6 - Terremotos são gerados pelos movimentos naturais das placas tectônicas da Terra, que causam ajustes na crosta terrestre, afetando a organização das sociedades. Em relação aos sismos naturais, é correto afirmar que eles são causados por:
a) forças endógenas incontroláveis.  
b) energias exógenas excepcionais.  
c) forças antrópicas descontroladas.  
d) energias antrópicas excepcionais.  
 

7 - (FATEC)  O 'tsunami' que matou, em dezembro de 2004, muitos milhares de habitantes de países banhados pelo Oceano Índico já estava quase esquecido quando, em final de maio de 2006, um forte tremor de terras na ilha de Java (Indonésia) fez novas vítimas, que chegam a cerca de 5 mil mortos.
Os dois fenômenos, tsunamis e terremotos,
a) estão relacionados às estruturas geológicas cristalinas, predominantes na região.
b) representam ocorrência comum nas regiões situadas no centro de uma placa tectônica.
c) resultam dos desequilíbrios geotérmicos que ocorrem no núcleo, parte central da Terra.
d) têm origens semelhantes, pois ocorrem devido à movimentação das placas tectônicas.


8 - (UNIFENAS) Podemos considerar agentes internos e externos do Globo Terrestre respectivamente:
a) Tectonismo e intemperismo.
b) Vento e vulcanismo.
c) Águas correntes e intemperismo.
d) Vento e águas correntes.
      

9 - Questão Unesp/2005-2 O processo que gerou a atual configuração dos continentes na superfície do planeta Terra resultou da fragmentação e do afastamento das terras emersas que, no princípio, constituíam um único bloco chamado Pangéia. Duas teorias tentam explicar esse processo. São elas:
(A) a das placas tectônicas e a da descontinuidade de Mohorovicic.
(B) a da deriva continental e a da descontinuidade de Gutemberg.
(C) a das placas tangenciais e a das placas continentais.
(D) a das placas tectônicas e a da deriva continental.

10 - O processo de transformação das rochas preexistentes formou as chamadas Rochas Metamórficas. Sobre esse processo, também chamado de metamorfização, é correto afirmar que:                                                                                                              a) acontece próximo à crosta terrestre                                                                                       b) é oriundo exclusivamente de regiões oceânicas                                                                   c) só atua em rochas magmáticas                                                                                         D) ocorre somente em locais de alta pressão e com temperaturas elevadas

11 - (UEM)Sobre as rochas que compõem a crosta terrestre, assinale a alternativa correta.                                
a) As rochas sedimentares formaram-se pelo resfriamento e pela solidificação de minerais da crosta terrestre, isto é, o magma.                                                                                          b) As rochas metamórficas formaram-se a partir da compactação de sedimentos de outras rochas                     
c) As rochas magmáticas formaram-se a partir da compactação de sedimentos de outras rochas.                                      
D) As rochas magmáticas formam-se a partir da solidificação do magma.

12 - Os ventos as chuvas, as ondas do mar, as mudanças de temperatura são exemplos de agentes importantes na formação das rochas.
Assinale a alternativa que se refere às rochas que dependem desses agentes para serem formadas:
a) Rochas Magmáticas                                                                                                                                                 
b) Rochas Metamórficas                                                                                                                                              
c) Rochas Sedimentares                                                                                                                                           
d) Nenhuma rocha

13.   Rochas são agregadas naturais de grãos de um ou mais minerais. São formadas por diferentes processos, podendo ser classificadas como sendimentares, metamórficas e magmáticas. A partir dessas afirmações, responda:

a)    Quais são as principais diferenças entre as rochas sedimentares e as magmáticas?





b)    Como se forma uma rocha metamórfica?








terça-feira, 7 de julho de 2015

GPS e sua importância nas atividades da Geografia

O posicionamento correto no espaço dos objetos estudados reforça o rigor e a credibilidade do trabalho geográfico


Por Jorge Raffo e Martin Hoffmann

Nos últimos anos tem-se divulgado amplamente um instrumento que está gerando uma profunda alteração nos métodos de trabalho de diversos profissionais. Embora seja conhecido pela sigla GPS, esse equipamento deveria ser popularmente chamado de receptor GPS, já que a sigla GPS compreende todo o sistema formado pelos receptores dos usuários - um conjunto de mais de 20 satélites e várias estações de monitoramento e controle dos satélites. O Global Positioning System, ou Sistema de Posicionamento Global em português, foi desenvolvido pelo governo dos Estados Unidos com fins militares, no final dos anos 70 e começo dos 80, mas logo a comunidade científica civil e universitária começou a trabalhar e a pesquisar os usos possíveis desta nova tecnologia. Os métodos de uso e as precisões obtidas através destas investigações ultrapassaram em muito as expectativas originais do sistema.

LONGITUDE GEOGRÁFICAO relojoeiro e artesão inglês John Harrison foi quem, em 1773, conseguiu receber a gratificação, e não o prêmio propriamente, por ter fabricado um relógio absolutamente preciso. O Prêmio da Lei da Longitude acabou sendo extinto em 1828. Leia mais sobre este assunto na revista conhecimento prático Geografia, edição 24.


Um pouco de história 
O posicionamento dos objetos na superfície da Terra sempre foi um problema importante para diversas áreas, especialmente na navegação e em questões de limites entre países. Para se ter uma idéia da importância dessa questão e do problema técnico que era a determinação das coordenadas geográficas, bastar lembrar que o governo da Inglaterra, no ano de 1714 1 estabeleceu um prêmio equivalente a 12 milhões de dólares (atuais) para quem conseguisse estabelecer um método que determinasse aLongitude Geográfica com precisão de meio grau (aproximadamente 50km). Cabe observar também que o Tratado de Tordesilhas, acordado entre Espanha e Portugal, foi afetado pela imprecisão na determinação da longitude do Meridiano que separava as colônias de ambos estados na América, gerando reiterados problemas de limites.


Como funciona? 
Para o posicionamento com o GPS, o receptor capta o sinal de rádio proveniente de vários satélites, determina o tempo demorado pelo sinal do satélite até chegar ao receptor e, a partir deste tempo, calcula a distância dos satélites ao receptor e, posteriormente, suas próprias coordenadas. Quanto maior o número de satélites captados, melhor a precisão do posicionamento. O receptor consegue captar os satélites que, no momento da observação, estejam sobre o horizonte do usuário e com vista desimpedida, por exemplo, sem prédios que obstaculizem o sinal.


A popularização dos receptores e seu uso em sala de aula e atividades extra-classes mexe com a imaginação dos professores e dos alunos. Confira:
 
Receptor GPS para levantamentos que exigem maiores precisões que as fornecidas pelos receptores de navegação 
Fonte:http://www.publicared.com/abacotopografia/
abacotopografia.com/gps/promark3.jpg
Navegador GPS para carro. O equipamento inclui um receptor GPS e um sistema gerenciador de mapas digitais que permitem visualizar a posição do veículo no espaçoFonte: http://www2.uol.com.br/ interpressmotor/imagens/16076.jpgReceptor GPS Garmin® modelo eTREX® 
Fonte: Garmin


COORDENADAS UTM O Sistema de Coordenadas UTM (Universal Transversa de Mercator) trata das coordenadas planas e retangulares aplicadas aos pontos do globo terrestre, baseadas na projeção cilíndrica de Mercator. As coordenadas UTM são métricas ou quilométricas, e suas linhas horizontais fornecem a coordenada chamada “norte” (N) e as verticais fornecem a coordenada chamada “leste” (E).

Desde então, os métodos e os instrumentos melhoraram substancialmente. Até o aparecimento do sistema GPS as metodologias de posicionamento eram geodésicas e astronômicas, exigindo trabalhos prolongados, com o uso de equipamentos sofisticados e pessoal técnico altamente capacitado. Consequentemente, determinar as coordenadas geográficas (medidas em graus e minutos) ou coordenadas UTM(medidas em metros ou quilômetros), resultava caro é só era realizado em casos de muita necessidade.



AGRICULTURA DE PRECISÃO
Prática agrícola que utiliza tecnologia de informação baseada no princípio da variabilidade do solo e clima. A partir de dados específicos de áreas georreferenciadas, implanta-se o processo de automação agrícola, com a redução dos custos de produção e aumento de produtividade, entre outros benefícios. Embora a ideia da agricultura de precisão tenha longa data, sua implantação prática foi favorecida após o sistema GPS.
 
Com o aparecimento, primeiramente, do sistema GPS e, depois, dos sistemas Glonass da Rússia, e Galileu da União Europeia (este quase pronto a operar), assim como um sistema chinês e outro indiano, ambos em desenvolvimento. Hoje deveria-se falar mais em Sistema Global de Navegação por Satélite (Global Navigation Satellite System, GNSS na sigla em inglês) 2, um termo mais genérico para se referir aos sistemas de posicionamento por satélite. De qualquer forma, o posicionamento está resultando bem mais simples de ser realizado do que antigamente.
Este fato tem levado à generalização dos métodos de posicionamento. Hoje já existem telefones celulares com GPS, que também está presente como auxiliar do motorista em seus carros. Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas, as quais eram impensáveis antes dos sistemas de posicionamento por satélite, como aAgricultura de Precisão, por exemplo.



A aplicação do GPS na prática do bacharel em Geografia 
Na Geografia, as aplicações do GPS são inúmeras. Segundo a Lei 6664, que disciplina a atividade do Geógrafo, são atividades deste profissional “os reconhecimentos, levantamentos, estudos e pesquisas de caráter físico-geográfico, biogeográfico, antropogeográfico e geoeconômico e as realizadas nos campos gerais e especiais da Geografia que se fizerem necessárias”. Em todas estas atividades, o posicionamento correto no espaço dos objetos estudados reforça o rigor e a credibilidade do trabalho geográfico. Por outro lado, ajuda a individualizar objetos em fotografias aéreas e imagens de satélite, melhorando a pesquisa geográfica.


Aplicação prática em sala de aula

Não só o GPS é usado cada vez mais nas áreas de atuação do bacharel em geografia, como também pode ser utilizado pelo professor de geografia na sala de aula. Os alunos têm contato com o GPS quando andam em um táxi equipado com o referido instrumento, ou mesmo em seu celular, ou sabem que o caminhão que passa pela estrada também está acessando o sistema, e isso naturalmente desperta sua curiosidade. Sendo o GPS um instrumento de posicionamento espacial, é a disciplina Geografia a mais adequada para aprender sobre o GPS na escola.

1 Longitude, de Dava Sobel (Editora Companhia de Bolso).
2 Grupos de Estudos em Geodésia Espacial. GNSS.http://gege.fct.
unesp.br/index_port.php?p=1
 
3 Agricultura de Precisão(Wikipedia). http://pt.wikipedia. org/wiki/Agricultura_de_ precis%C3%A3o



Em pouco tempo o GPS deve ser incorporado aos materiais didáticos do professor de Geografia, assim como o mapa e o globo terrestre.

O preço dos receptores portáteis tem diminuído consideravelmente, o que facilita sua aquisição. Ultimamente, com os telefones celulares com GPS, a divulgação ainda é maior. Isto contribui para que os professores de geografia possam usar esses equipamentos em atividades práticas com seus alunos, seja no mapeamento do bairro da escola, seja no levantamento das espécies vegetais quando se faz um trabalho de geografia ambiental, seja auxiliando na compreensão da latitude e da longitude, percorrendo paralelos e meridianos geográficos orientados pelo GPS. Em pouco tempo este instrumento deve ser incorporado aos materiais didáticos do professor de Geografia, assim como o mapa e o globo terrestre.
Para finalizar, deve-se indicar que, segundo a finalidade do trabalho a ser realizado, um determinado tipo de equipamento deverá ser utilizado, levando em consideração a precisão exigida no serviço. Para auxiliar as aulas de geografia ou para apoio à maioria das pesquisas em geografia é possível utilizar um GPS portátil, também conhecido como GPS de navegação – o mesmo que é utilizado nos carros ou nos telefones celulares. Para trabalhos que exijam precisões maiores, como definir os limites de propriedades ou de municípios, por exemplo, devem ser utilizados equipamentos mais sofisticados.





Para saber +
Desde que esta tecnologia foi aberta para uso civil, sua popularização e uso cresceram em ritmo exponencial

Fonte: Conhecimento prático

terça-feira, 23 de junho de 2015

PLANO DE AULA: Domínios morfoclimáticos

Objetivos

O aluno deverá:
1) Conhecer a divisão em domínios morfoclimáticos proposta por Aziz Nacib Ab'Saber e a sua abordagem conceitual;
2) Compreender a dinâmica do espaço natural a partir da correlação entre clima, relevo, hidrografia, solos etc. e as paisagens resultantes desta interação;
3) Conhecer cada um dos domínios, inclusive as faixas de transição, e as suas especificidades;
4) Compreender como a ação antrópica interfere nas paisagens, transformando-as e alterando a sua dinâmica natural a partir dos problemas ambientais;
5) Conhecer como as diferentes características naturais podem resultar em diferentes aproveitamentos econômicos (extrativismo do látex, madeira, produção do sal, pau-brasil, transporte hidroviário, hidrelétricas etc.).

Estratégias

1) Propor a confecção de um mapa com os domínios morfoclimáticos;
2) Apresentar um climograma, os solos, vegetação, hidrografia etc. para cada um dos domínios;
3) Associar o relevo ao clima e à latitude (chuvas orográficas, ventos alísios etc.), associar às características do solo e à sua fertilidade (laterização, lixiviação, profundidade e outras características) e associar estes elementos à hidrografia (vazão, drenagem, perenidade etc.); por fim, incluir na análise a vegetação e suas características (higrófila - relacionar com a umidade e a pluviosidade na Amazônia, por exemplo; caducifólia - a existência de uma estação seca no cerrado; acicufoliada - associada à queda de neve no passado ou no presente; a acidez do solo no cerrado e a sua aparência de xerófila ou pseudoxerófila; xerófila - adaptada à falta de umidade etc.);
4) Pesquisar as formas de relevo e a vegetação, procurando identificar formas características de relevo (Chapadas, coxilhas etc.) e as espécies características da vegetação.
5) Pesquisar os impactos ambientais mais graves relacionados ao que foi exposto: arenização-desertificação; desflorestamento, erosão, voçorocamento, escorregamento (deslizamento) de terras etc.

Conclusão da atividade

1) Fazer um mural com o mapa dos domínios morfoclimáticos e, em volta, colocar as fotos, imagens, gráficos e características de cada um. Se possível, colocar uma planta, semente ou fruta dos domínios;
2) Montar uma exposição com os produtos do extrativismo (exemplos: madeira da Amazônia ou da Floresta de Araucárias, sorvete de cupuaçu, artesanato feito com produtos regionais etc.).

Conceitos

Paisagem natural, domínios morfoclimáticos, zona de transição.

Habilidades e Competências

1) Capacidade de estabelecer relações de causalidade, analisar, interpretar, descrever, localizar, pesquisar, associar, relacionar.
2) O aluno deverá ser capaz de entender/explicar a dinâmica natural e as suas interações.
Luiz Carlos Parejo
é professor de colégios da rede privada e de cursos pré-vestibulares.

PLANO DE AULA: Conhecendo a região Nordeste

Conceitos

Região Nordeste, desigualdades sociais, dinâmica econômica regional, divisão territorial do trabalho, latifúndio e concentração fundiária, dinâmica hidrológica de climas semi-áridos, impactos sociais e ambientais do uso dos recursos hídricos.

Objetivos

O aluno irá analisar, compreender, descrever, localizar, pesquisar, sintetizar, questionar. Também será capaz de entender a formação do nordestino com base em sua dinâmica regional e na interação homem-meio ambiente. Para desenvolver essas habilidades e competências, ele deverá:
1) Conhecer a diferença entre região geoeconômica e região administrativa do Nordeste, segundo a definição do IBGE);
2) Conhecer as diferentes sub-regiões nordestinas com base em suas diferenças naturais e sociais;
3) Produzir textos para a elaboração de um jornal, treinando a capacidade de síntese;
4) Saber usar/ler mapas, maquetes, gráficos e tabelas, importantes recursos para o entendimento da região. Essa leitura, bem como a implantação de dados nos mapas, permitirão que o aluno associe e correlacione os diferentes fenômenos abordados;
5) Compreender a dinâmica natural com base na interação dos elementos que a compõem: relevo, clima, vegetação (principalmente a caatinga e a Mata dos Cocais), hidrografia (principalmente os rios São Francisco, Paraíba e Jaguaribe e os afluentes intermitentes), solos, etc. A preocupação fundamental é elaborar uma análise baseada na interação dos sistemas naturais, procurando entender como eles se relacionam e como isso se reflete na paisagem natural, tão diferenciada;
6) Conhecer a ocupação territorial da região a partir dos ciclos econômicos, valorizando o ciclo da cana-de-açúcar e o uso da mão-de-obra escrava;
7) Localizar as principais cidades, avaliando a hierarquia urbana e as densidades demográficas, relacionando-as com os meios de transporte e com as sub-regiões;
8) Compreender a importância do Nordeste do ponto de vista da divisão territorial do trabalho;
9) Compreender a existência das desigualdades sociais internas e da dificuldade de quebrar o ciclo vicioso;

Estratégia

1) Propor a confecção de mapas das sub-regiões, densidade dos transportes, hierarquia urbana, clima, relevo, vegetação, hidrografia. Solicitar um texto comparando a ocorrência desses fenômenos nos diferentes mapas;
2) Pesquisar e ler os textos do Educação sobre o tema;
3) Pesquisar sobre a cultura regional: costumes, comidas, frutas, folclore, músicas, literatura (principalmente de cordel), etc.;
4) Construir uma maquete do relevo (altimetria) da região Nordeste e localizar: rios principais (perenes e alguns temporários, com as hidrelétricas e trechos navegáveis), maiores cidades, rodovias, localização das principais atividades econômicas, clima e o projeto de transposição do rio São Francisco;
5) Com base em filmes ("Abril Despedaçado", por exemplo) e documentários (sobre a moderna produção agrícola no Vale Médio do São Francisco, por exemplo), discutir as condições naturais e a situação social. Evite as abordagens que tratam o Nordeste como atraso ou o Nordeste moderno versus o Nordeste atrasado, que não se relacionam. Procure trabalhar com a concepção de coexistência e das relações entre os dois circuitos, e como um "não existiria" sem o outro;
6) Criar um jornal das sub-regiões do Nordeste. O jornal pode ser dividido em cinco partes. Na primeira, colocar um mapa das sub-regiões nordestinas e as notícias de cunho geral. As outras quatro devem apresentar notícias de cada uma das sub-regiões, destacando as desigualdades, os conflitos sociais e o dinamismo econômico verificado hoje na região. As artes plásticas (principalmente gravuras), a poesia regional e a literatura de cordel devem ser utilizadas;
7) Criar uma agência de viagens imaginária, com roteiros que passem por todas as sub-regiões. Sugerimos ao professor valorizar as qualidades do local e indicar lugares com forte potencial turístico;

Conclusão da atividade

1) Organizar uma exposição para apresentar as maquetes;
2) Entregar o(s) jornal(is) para o conjunto dos alunos e funcionários da escola, se possível.
Luiz Carlos Parejo
é professor de colégios da rede privada e de cursos pré-vestibulares.

PLANO DE AULA: Conflitos étnicos e intolerância

Objetivos

1) Conhecer os principais conflitos étnicos nos dias atuais.
2) Conhecer as diversas formas com que o preconceito se manifesta na sociedade atual.
3) Discutir os antagonismos existentes entre grupos culturais e as dificuldades de assimilação das diferenças.
4) Representar as discussões em sala de aula na linguagem de quadrinhos.

Estratégia

1) Abordagem em sala de aula dos principais conflitos étnicos do mundo atual.
2) Levantar em sala de aula as formas de preconceitos que podem ser verificadas no dia-a-dia e na comunidade na qual os alunos vivem.
3) Pesquisar a influência da discriminação no mundo do trabalho.

Proposta de trabalho em grupo

A seqüência dos quadrinhos sugere uma reação em cadeia de posturas preconceituosas. Tire uma cópia para cada grupo e peça que desenvolvam a proposta de trabalho que segue.
Clique aqui e aqui para ver a seqüência de quadrinhos e imprimi-la.
1. Escrever falas nos balões a partir das imagens sugeridas por cada quadrinho.
2. Pensar um título para a história e escrever no primeiro quadrinho em branco.
3. Colorir os quadrinhos.
4. Fazer uma capa para o trabalho.
5. Colocar o nome dos elementos do grupo na contracapa.

Conclusão da atividade

Os trabalhos podem ser discutidos e expostos em mural em sala de aula ou qualquer outro espaço adequado da escola.
Cláudio Mendonça
é professor do Colégio Stockler e autor, para o ensino médio, de "Geografia geral e do Brasil" e "Território e sociedade no mundo globalizado".

PLANO DE AULA: Analisando um climograma

Conceitos

Clima, gráficos, estações do ano, tempo atmosférico.

Objetivos

O aluno será capaz de ler, analisar, compreender, descrever e produzir gráficos de climograma. Também será capaz de associar os dados à dinâmica ambiental e ao aproveitamento econômico. Para desenvolver essas habilidades e competências, ele deverá:
1) Construir um climograma, representando as variações de temperatura e precipitação;
2) Analisar um climograma, descrevendo a distribuição das temperaturas e das precipitações;
3) Associar a dinâmica climática com atividades econômicas determinadas, principalmente turismo e agropecuária;
4) Compreender que as variações de temperatura, umidade e precipitação anuais estão relacionadas com o preço de alguns produtos (leite, frutas, carne, etc.);
5) Compreender a relação entre as estações do ano e o deslocamento de populações (humanas e animais);
6) Perceber a relação entre as estações do ano e a sua própria realidade local (Quando chove mais? Existem deslizamentos de terra? Quando determinadas árvores e plantas, características do lugar, florescem ou dão frutos? Algumas doenças aumentam ou diminuem o número de casos em alguma estação do ano? Etc.).

Estratégia

1) Propor a confecção de climogramas de diferentes climas, latitudes e hemisférios (norte e sul);
2) Ler os climogramas e procurar descrever as variações de temperatura e precipitação (ex.: verão seco, inverno chuvoso, total pluviométrico anual, média máxima, média mínima, amplitude térmica, etc.);
3) Pesquisar situações opostas, levando em conta informações turísticas. Por exemplo: em qual estação do ano a Áustria recebe mais turistas para esquiar na neve ou em qual estação do ano as praias do sul do Brasil recebem maior número de turistas;
4) Pesquisar, no seu estado, quando (quais meses ou estações do ano) ocorrem os principais plantios e colheitas e se provocam deslocamentos de pessoas.

Conclusão da atividade

1) Dividir a sala em grupos e propor a criação de um folheto ressaltando as qualidades do clima local, com o objetivo de atrair turistas e/ou investimentos;
2) Fazer uma competição entre os diferentes folhetos;
3) Expor os diferentes climogramas e as paisagens naturais associadas a cada um deles.
Luiz Carlos Parejo
é geógrafo e professor de geografia.